Seja bem vindo em minha humilde casa, construída em 1729 d. por Gerard DeBockü, esta mansão possui registros não apenas consignados em meus livros, mas sim em seus corredores, seus jardins, e suas janelas. Alguns deles serão simplórios aos olhos mais distraídos, outros, menos nítidos, como aqueles que só se revelam em meus vidros quando a aurora surge toda manhã. Quarta-feira, 8 de junho de 2011. Há um pássaro azul que voa, que voa sobre mim,. Tem um canto gentil que diz, diz que diz assim.

14 de junho de 2012. Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia às 8 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

Neste período, Sartre lia e escrevia várias horas por dia e, o resultado, pode ser encontrado no Diário. O título deste Blog é uma homenagem póstuma e, vem do prazer que tenho em ler e estudar o referido escritor francês, entre outros. 26 de jun de 2013. Orgulho nosso de cada dia. Entre o que as coi.

Nas arestas e palavras não ditas. Entre o bem e o mal. Uma figura vestida não com negras vestes. Mas com garboso e bem cuidado terno. No meio dos salões de marfim. Magníficas maravilhas do mundo moderno. Lá esperam essas pequenas mortes. Que ainda hão de nos ceifar a todos. Sunday, 1 January 2012.

Na mesma margem da lagoa,. Que não é lago,. Abriga peixes, capivaras e jacarés;. Ingere e despeja rejeitos;. Na mesma margem da longa orla,. Correm gazelas, crianças e bicicletas,. Onde há lugar para todos,. Onde não existem raças, nem praças,. Só passantes, pássaros e viajantes. Quem é essa passarinheira de alma avoada? Cozinheira que prepara a terra,. E depois da chuva, do sol da lua,.