13 de março de 2014. Confissões de meio seculo inteiro. Tenho desde setembro de 2007 esse blog. Com o advento das redes sociais abandonei ele praticamente. Mas continuo regando essa seca de criatividade em meio ao mundo urbano. Prometo não não deixar apagar essa chama que meus neurônios amam. 24 de setembro de 2013.

Instrumento imaginário para amplificar essa barulheira que nos assola o interior. O monstro do meu armário. Meu pai nem saber quer. Outra língua? Eu continuo sem poder dormir. Quer dizer, uma hora eu acabado caindo no sono. E se deus aparecer? O anjo da guarda? O que é que eu vou fazer? O que é que eu vou fazer? Eu não vou dormir. Se o quarto se acender sozinho? Eu já não sei mentir.

Quero que a volta demore menos. Batem à porta estende uma estrada. O chão querendo escapar o pó dos meus pés. A sombra a poeira cobrindo a varanda. A voz tem altura eu não alcanço. É tão rara e preciosa. Me olha de cima e não me perde. Me vê um caminho uma andança. Com porte, a consciência. O mastro do bote sua coluna vertebral. Pendia o pescoço e sussurrava sonho. O descanso à cabeça vivia próximo do céu. Construía nuvens com as mãos.

Saltos também machucam, sabia? Voar é sinônimo de liberdade. Quantos de nós não temos o desejo de voar? De bater as asas e sair por aí sobrevoando o mundo? Espera, calma, não voa com tanta pressa. Se acalma e deixa a pena se levantar sozinha. Pássaro que voa depressa nao aprecia a paisagem. A vida é uma grande paisagem que nos cerca. Montanhas, grandes campos, arvores secas e folhas de outono levemente amareladas num dia mais frio. Levante, olhe, não voe ainda.

Eu vi um verme nas asas da morte. Chacoalhando o vinho dessas veias. Da perspicácia salpicada de maldade. Eu vi um réptil nas asas da morte. Serpenteando medo pelas ruas salgadas. Tinha um inseto nas asas da morte. Uma cigarra caçoando do câncer humano. Enquanto saboreia os meus sonhos. Fuma maconha o dia inteiro.